sexta-feira, 17 de junho de 2011

Perseguição de risco

Estava pensando na próxima rua que iria virar, era uma das mais escuras de São Paulo, um arrepio desceu pela minha espinha, pois ela estava ali, bem na minha frente. Não havia outro caminho a ser tomado, era aquele e pronto.
Comecei a caminhar rapidamente pela rua e o que eu temia aconteceu. Sem olhar para trás, senti que alguém estava me seguindo. Certifiquei que meu celular não estava aparente em meu bolso. Já estava quase correndo, olhei para trás e não vi ninguém, mas por precaução continuei meu percurso.
Peguei meu celular e discretamente coloquei no meu tênis. Tinha certeza de duas coisas: a primeira era que eu estava sendo seguido, talvez por um assassino ou alguém pior, a segunda era que eu não fazia idéia de como sairia daquela situação e estava com medo.
Finalmente já estava vendo a porta da casa de minha amiga, peguei a chave que ela me dera e entrei sem pensar. Sentei no sofá soltando um ar de alívio. Ela veio tentar me acalmar e me perguntou se eu tinha bala. Peguei meu “Tic-tac” que tinha em meu bolso e me dei conta que eu havia fugido do meu “Tic-tac”.